Thankful

By Inês Pinho 


Última semana? Como assim? Passou tão depressa! 
Se no primeiro dia dissessem que eu ia estar triste por ir embora e que ia passar tão rápido, que iria sair daqui com toda gente no coração e de coração cheio, eu não acreditava e dizia que estavam a sonhar. Porque acreditem que, para mim, o primeiro dia foi horrível, para além de eu ter ansiedade e estar a ter um ataque, ainda estava doente e o meu afilhado fez três anos nesse dia e eu não estar ao pé dele partiu me o coração, mas hoje percebo que foi por uma boa causa e que não me arrependo de nada ter vindo para aqui. 
É claro que desde o primeiro dia tive as minhas meninas a dar me apoio constante, a Adriana, Fabiana e Andreia! Elas foram pessoas super fundamentais nesta jornada e foram pessoas que nunca me falharam apesar de feitios e opiniões diferentes. Conseguimos sempre lidar muito bem e sempre fomos os maiores pilares de uma das outras e vamos levar host sisters para a vida e vou sentir muito a falta delas e das nossas conversas noturnas sobre tudo. 
Sobre a host family no início assustei me com as regras, acho que nos assustamos todas como a Fabi já referiu num post, mas eles eram muito queridos, amáveis e preocupados, pois logo no primeiro dia eles viram me doente e em baixo e a nossa host mom deu me logo MEGA abraços e até me veio deitar a cama... entre muitos momentos que aconteceram menos maus,sempre estiveram lá para me confortar como se fossem a minha família. 
Obrigada a eles por me terem dado a oportunidade de cozinhar para eles com ajuda das minhas meninas e por terem agradecido tanto que me deixaram comovida, obrigada pelas noites fantásticas a falar da vida depois do jantar e da animação. 
Agora vem a parte que vou sentir mais falta e a maior razão de ter vindo para aqui,o estágio, se me perguntassem se eu gostei é impensável dizer que não,fui tão bem tratada, aprendi tantas coisas, levo tantas pessoas de lá comigo, só para terem uma noção aqui ganhei mais um ''tio do Brasil''. Sem dúvida que éramos um grupo de trabalho muito unido apesar de sermos de diferentes países, línguas e culturas, toda a gente se respeitava, e aí sim sente-se que com amor pelo próximo e que com interajuda é tudo mais fácil. 
Fica a promessa que venho visitar estas pessoas um dia, provavelmente aos 21 anos e as razões são óbvias (Maior idade aqui para entrar em pubs e discotecas). Espero que todos eles também me visitem e visitem Aveiro que tanto lhes falo, prometo dar a conhecer os encantos de Portugal e provar-vos que a nossa comida é melhor! Espero que nos encontremos um dia neste ramo e que já seja eu uma CHEF ou ''chefina'' como o Alfonso me chamava. Por favor aprendam a dizer o meu nome porque passado dois meses ainda não sabem dizer bem é I-N-Ê-S.
O meu Miguelito, que foi o companheiro nestes dois meses de estágio... Obrigada por me aturares todos os santos dias de segunda a sexta, sei que ás vezes era difícil mas UAU conseguiste, também por me fazeres a comida e seres o companheiro de pausa. Espero mesmo de coração que consigas alcançar todos os teus objetivos e que eu te veja alcançar-los.
Não menos importante, tenho que agradecer à minha família e amigos por me ter estado sempre pronta para me ouvir mesmo longe e ligarem-me a dar aquela forcinha que ás vezes era preciso, mas não agradeço por me terem mandado fotos de comida e bolos da avó que me ficava a babar e não podia comer, sabem que não ouve um dia que não pensei em vocês e que percebi o quanto falta fazem na minha vida, amo-vos muito.
Ao menino Albertinho, obrigada pela visita e por saberes de todas as minhas crises de choro e de medo ,e sempre me acalmares e dizeres que vai ficar tudo bem, e por seres a pessoa mais preocupada do mundo.
E um obrigada a professora Jacinta por ter feito com que isto fosse possível e de nos acompanhar sempre mesmo longe e estar pronta para nos ajudar a qualquer altura,.
Aqui percebi que temos que dizer a toda a gente o quanto gostamos deles e agradecer por tudo o que nos acontece bom ou mau, porque se acontece é por uma razão. Nunca devemos ter medo de nada porque o medo só nos vai atrapalhar e acreditem que viver SEM ele é bem melhor.
Vou sentir muita mas muita falta disto, até da chuva e do frio.
Se chorei para vir, vou chorar para ir como diz a minha querida Andreia.
Senti-me muito bem aqui, posso dizer que me senti em casa e se me senti assim agradeço-vos mais uma vez a vocês todos.
Até já Portugal, até um dia Irlanda!

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